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 Já algumas pessoas me perguntaram como era a didática entre mim, o meu namorado e estas mudanças todas. Por isto decidi escrever este artigo.

 Ao longo dos anos nós mudamos. Estamos em constante mudança e o que eu era há um ano não sou mais. O mesmo acontece convosco e mais do que algo natural, é um direito. Para mim, estagnar significa morrer e não estou a falar de grandes mudanças que claro que acontecem. Estou a falar da combinação que foste ontem já não ser a que és hoje. Por exemplo: ontem acreditavas que bananas vem de uma árvore de fruto (crenças também são o que nós somos), gostavas do nome de Jeremias e querias dormir muito e hoje, nem sabes porquê começas a apreciar o nome Tomé, apetece-te dançar e descobres que afinal a bananeira é uma erva de grande porte. Hoje talvez encontres um blogue com o qual te identifiques e mudes algum hábito.

 Por isto a mudança é constante e então como reagem as pessoas que estão ao teu lado? Particularmente o teu companheiro.

 Este pode ser um assunto delicado. Muitos de nós veem a pessoa com quem estão de forma intacta e intemporal. Tal como no tempo em que se apaixonaram, esquecendo da mudança de que estamos aqui a discutir. O motivo disto acontecer é uma força maior, que rege todo o ser humano, mas só prende alguns: o medo. Temos medo que se mudarmos muito vamos deixar de estar apaixonados um pelo outro, temos medo de perder e de ser rejeitados, de não funcionar mais, de sermos criticados. A paixão e o amor são algo diário, evolutivo e o risco de não dar mais existe, sempre. Como crescemos e mudamos, o amor também cresce e muda. Um dia queres correr o mundo com o teu companheiro e no outro basta só estarem os dois no sofá.

 Um casal é uma equipa. E é A EQUIPA! Para a vida. Se tens desejo de mudar algo em ti e se na tua relação existe vulnerabilidade (podem ler sobre este assunto aqui) é muito possível que antes que o digas a outra pessoa já saiba. Porque está contigo no processo. E as vezes não sabe, nem faz a menor ideia, mas aqui está uma excelente oportunidade para criarem mais intimidade.

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 Para formar essa equipa é importante falar-se dos valores de cada elemento, que podem ser diferentes, mas normalmente não totalmente opostos. Uma pessoa que ama comer comida rápida (Fast food) não funcionará com outra que tem prazer em levar uma alimentação saudável e nunca comer fora. É por isso que é importante falar e saber os nossos valores e os da outra pessoa. Há valores, opiniões, práticas que se podem moldar, ajustar sem que percamos o nosso eu. Outras não. Um dos livros que estou a ler relata uma mulher de meia idade que se importava em nutrir bem a si e ao seu marido para continuar a ter uma vida viva na sua idade, no entanto ele queria jantares sem a “mania da saúde” dela e não havendo consenso nem paz não teve futuro.

 A equipa é formada por duas pessoas, com igual valor, diferentes forças e fraquezas. Precisamos de nos ver como casal e como equipa. Isto não tem mal nenhum, não é ser menos romântico. Se unirmos as nossas forças e cobrirmos as nossas fraquezas vamos ter uma vida a dois muito melhor e com mais sucesso, com ambos os elementos a viver em plenitude. Para as mulheres: lembrem-se que ele vos ama e quer a vossa ajuda. Precisamos despertar as guerreiras que há em nós e tenho para a minha próxima ronda de livros a comprar o livro : Mulheres que correm com os lobos.

 Se querem melhorar a vossa alimentação, algum hábito, não se privem por não saber como irá ser ou se irá funcionar na dinâmica da vida a dois. Abram os vossos corações. Talvez fiquem surpreendidos e lutem pelo que querem, sempre. A dinâmica reajusta-se e isso só significa que estão vivos e nada vai morrer em vós. Margarite Maury dizia que as relações morrem porque infelizmente o casal não acompanha a mudança individual e deixam de se conhecer. Se tens desejo de mudar algo muda e fala sobre isso para que seja real e importante. Mesmo que não seja uma mudança a dois, não tem que ser, o outro elemento da equipa vai ter que respeitar e percebendo a satisfação pode até ficar orgulhoso do crescimento. A mudança começa a acontecer dentro de nós e há mudanças que nunca chegam a sair de nós e isso, meus caros, corrói-nos por dentro. Não façam isso a vocês mesmos.

 Acredito que relações saudáveis são relações em que o casal está alinhado. Às vezes sem saberem e com uma mudança vai haver surpresas, secalhar ele/ela vai querer participar porque vê em ti a diferença, foste o exemplo.

“Adiciona caos à tua vida. Numa certa quantidade é saudável. Estimula o crescimento, mudança e paixão.” Mark MANSON

 Então e porque não experimentar fazer a dois? Conheço um casal americano – Mike and Suzie, o qual tive o prazer de conhecer este verão em Lisboa. A jornada deles começou por quererem melhorar a sua vida, curarem-se de alguns problemas e ter mais energia diária. Eles estudaram e aprenderam o suficiente que agora podem ajudar outras pessoas. Deixo-vos sua página de facebook e também o site. Eles são um bom exemplo de equipa a todos os níveis.

 Penso que o que nos prende é o medo e quando temos coragem e fazemos o que desejamos, experimentamos algo novo, algo bom acontece. Sempre. E aprendemos muito sobre nós neste processo.

 @Ana

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